terça-feira, 16 de outubro de 2007

terça-feira, 19 de junho de 2007

terça-feira, 5 de junho de 2007

terça-feira, 8 de maio de 2007

good



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segunda-feira, 7 de maio de 2007

esta autora é ótima, confiram...

Ledusha

errata

onde lia-se desejo
leia-se despejo
não quero mais essa vertigem de vogais
- tantos ais -
como se fossem consoantes

Nocaute

exagerei no decote
sapequei-lhe
um verso de goethe
saí de fininho

Poema extraído do livro FINESSE E FISSURA
Ed. Brasiliense, SP, 1984

www.revista.agulha.nom.br

sexta-feira, 4 de maio de 2007

não é minha, mas este cara sabia tudo...

Juvenal Antunes

Bendita sejas tu, Preguiça amada,
Que não consentes que eu me ocupe em nada!

Mas queiras tu, Preguiça, ou tu não queiras,
Hei de dizer, em versos, quatro asneiras.

Não permuto por toda a humana ciência
Esta minha honestíssima indolência.

Lá está, na Bíblia, esta doutrina sã:
não te importes com o dia de amanhã.

Para mim, já é grande sacrifício
Ter de engolir o bolo alimentício.

Ó sábios, dai à luz um novo invento:
A nutrição ser feita pelo vento!

Todo trabalho humano, em que se encerra?
Em, na paz, preparar a luta, a guerra!

Dos tratados, e leis, e ordenações,
Zomba a jurisprudência dos canhões!

Juristas, que queimais vossas pestanas,
Tudo que legislais dá em pantanas.

Plantas a terra, lavrador?
TrabalhasPara atiçar o fogo das batalhas!

Cresce o teu filho? É belo? É forte? É loiro?-
Mas uma rês votada ao matadouro!

Pois, se assim é, se os homens são chacais,
Se preferem a guerra à doce paz...

Que arda, depressa , a colossal fogueira
E morra assada, a humanidade inteira!

Não seria melhor que toda gente,
Em vez de trabalhar, fosse indolente?

Não seria melhor viver à sorte,
Se o fim de tudo é sempre o nada, a morte?

Queres riquezas, glórias e poder?
Para que, se amanhã tens de morrer?

Qual mais feliz? O mísero sendeiro,
Sob o chicote e as pragas do cocheiro...

Ou seus antepassados que, selvagens,
Viviam, livremente, nas pastagens?

Do Trabalho por serem tão amigas,
Não sei se são felizes as formigas!

Talvez o sejam mais, vivendo em larvas,
As preguiçosas, pálidas cigarras!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

quarta-feira, 2 de maio de 2007

desvio

Acordei
buscando um desvio,
um atalho ou coisa que o valha,
um contorno cuja tangente me encontrasse
e o caminho levasse
pra um lugar diferente,
uma vida que não a minha.

uns salves


salve os não-analisados,
anti-sociais, os q não ´relaxam`

salve os tímidos
enrubescidos, pouco articulados.

um viva aos q não aprenderam
a inteligência social.

hoje eu não me adapto,
um eterno deslocado.

tudo é degredo,
todo toque é aspero,
toda palavra é rispida,
toda companhia, um fardo.